domingo, 11 de abril de 2010

Bem-te-vi achado na rua em 02/11/2009, praticamente morto. Uma das asas não tinha praticamente pena nenhuma, sendo que durante 06 meses o mesmo foi tratado e medicado, para que na data de 10/04/2010 pudesse retornar ao seu habitat.

O bem-te-vi é um pássaro da nossa fauna, então como qualquer outro pássaro deve ficar livre na natureza.

Após esse contato com a ave, mudei muito meu conceito sobre esta ave, pois trata-se de um pássaro extremamente inteligente.

O bem-te-vi (Brasil) ou grande-kiskadi (Portugal) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave.

Nos 2 primeiros meses, a alimentação foi bem complicada, mas com um pouco de boa vontade fica fácil alimentar o bichano, até pq a docilidade do mesmo irá cativar vc. Comecei a forçar a alimentação, pois o filhote recebe da mãe a alimentação na boca. Se vc fizer um assobio e um movimento de abrir e fechar os dedos sobre a cabeça do filhote, ele irá reagir ao instinto e ser mais receptivo à sua alimentação. Posso afirmar que no começo foi complicado, pois fui obrigado a abrir o bico e colocar a papinha literalmente goela abaixo. Essa papinha era feita com uma ração à base de banana, e misturava um pouco de ração para cães filhotes, até pelo fato do bem-te-vi se alimentar de insetos e outros bichos.

Após um certo tempo ele já bebia água sozinho, mas a bendita da alimentação era ma gritaria do mesmo a cada 3 horas pedindo refeição. Um certo dia observei o mesmo pegando uma formiga que passava pela gaiola, onde tive a feliz ideia de deixar o pote de ração um pouco num lugar onde as formigas tivessem acesso. Levei o pote de ração com as formigas sobre, e como num passe de mágica o pássaro começou a se alimentar sozinho, ou seja, tentou pegar uma formiga e junto veio um pedaço de ração. Depois desse dia ele só quis se alimentar sozinho.

Tive que esperar a troca das penas, pois o mesmo não conseguia voar, mas sempre o deixei o mais livre possível, mesmo quando ficava na gaiola, deixava em uma árvore onde mantinha contato com outras aves.

O Bem-te-vi gosta bastante de água, então umas 2 vezes por dia quando havia sol, borrifava água nele, sendo que isso era um motivo de festa para ele.

Bem, é uma maneira simples de dar uma pequena ajuda à natureza que é tão prejudicada pelo "ser humano", e devolver esse filhote que estava praticamente morto à natureza foi muito prazeroso para mim.

Hoje quando vejo um bem-ti-vi nas redondezas nas árvores cantando, penso feliz que poder ser o filhote que ajudei a se recuperar.